A RUA DAS HORTAS EXISTE MESMO. FICA SITUADA EM MOURA, NO BAIRRO DO SETE E MEIO.
ESTE BLOGUE É O DIÁRIO DE BORDO DA HORTA COMUNITÁRIA AÍ EXISTENTE. INICIALMENTE ASSOCIADA A UM PROJECTO DE FORMAÇÃO PARA PÚBLICOS DESFAVORECIDOS, COMO ESPAÇO DA COMPONENTE TECNOLÓGICA DO CURSO, A HORTA ENCONTRA-SE AGORA NUMA SEGUNDA FASE. NESTE MOMENTO, ACOLHE ALGUNS DOS FORMANDOS QUE MOSTRARAM VONTADE EM PROSSEGUIR A ACTIVIDADE PARA A QUAL FORAM CAPACITADOS E ESTÁ ABERTA A OUTROS INTERESSADOS EM ACEDER AOS RESTANTES TALHÕES DEIXADOS LIVRES. UNS E OUTROS SÃO RESPONSÁVEIS PELA GESTÃO COMUNITÁRIA DA HORTA, MEDIANTE A OBSERVÂNCIA DE UM REGULAMENTO E CONTRATO DE UTILIZAÇÃO. ESTE PROJECTO CONTA COM A ORGANIZAÇÃO DA ADCMOURA EM PARCERIA COM A CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA, NÚCLEO LOCAL DE INSERÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL, EQUIPA TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR PROTOCOLO DE MOURA E CENTRO DE EMPREGO DE MOURA. TAL COMO ATÉ AQUI, ESTE É TAMBÉM O ESPAÇO PARA FALAR DE REGENERAÇÃO URBANA, AGRICULTURA BIOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O solo em análise II


As plantas são seres vivos que, para além da água, necessitam de alimento para se reproduzirem, crescerem e manterem saudáveis. No caso das plantas, os nutrientes estão dissolvidos na terra e são absorvidos através das raízes. São treze os elementos químicos essenciais para a sobrevivência de todas as plantas. Nos macronutrientes, absorvidos em grande quantidade, temos o azoto (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (MG) e enxofre (S). Quanto aos micronutrientes, necessários em muito menores quantidades, encontramos o ferro (Fe), zinco (Zn), manganésio (Mn), boro (B), cobre (Cu), molibdénio (Mo) e o cloro (Cl).
Vem esta explicação prévia  a propósito dos resultados laboratoriais das duas amostras de solo que enviámos para análise. Conclui-se a partir da leitura dos dados quantitativos que o solo da horta apresenta uma textura média, um teor médio de matéria orgânica (M.O.) e uma capacidade de troca catiónica (CTC) elevada, bem como uma presença acentuada de carbonatos, maioritariamente constituídos por cálcio (calcário a muito calcário) e um ph pouco alcalino, revelando, no entanto, um grau de saturação em magnésio que se torna limitante. Estes dados são consistentes com a análise textural de campo e observação empírica realizadas no terreno, bem como com os substratos carbonatados e dolomites presentes nesta região. 
Estamos assim perante um solo rico em macro e micronutrientes e elevada CTC, acompanhada de um teor apreciável de M.O., que permite estabelecer complexos argilo-húmicos estruturantes do perfil do solo e essenciais ao desenvolvimento de raízes, circulação de água, desenvolvimento de reacções aeróbias pelos microrganismos presentes no solo, resistência à compactação, entre outros aspectos.
Por sua vez, o excesso de magnésio no solo provoca perda de azoto pela formação de nitrato de magnésio, altamente lixiável no solo, competição com o potássio na absorção pela planta, diminuição da floculação do solo, compactação e maior adesividade do solo. Estas características foram, de resto, observadas aquando das primeiras chuvas em Novembro passado, constatando-se um solo pegajoso e com alguns problemas de drenagem por lentidão na infiltração de água.

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