A RUA DAS HORTAS EXISTE MESMO. FICA SITUADA EM MOURA, NO BAIRRO DO SETE E MEIO.
ESTE BLOGUE É O DIÁRIO DE BORDO DA HORTA COMUNITÁRIA AÍ EXISTENTE. INICIALMENTE ASSOCIADA A UM PROJECTO DE FORMAÇÃO PARA PÚBLICOS DESFAVORECIDOS, COMO ESPAÇO DA COMPONENTE TECNOLÓGICA DO CURSO, A HORTA ENCONTRA-SE AGORA NUMA SEGUNDA FASE. NESTE MOMENTO, ACOLHE ALGUNS DOS FORMANDOS QUE MOSTRARAM VONTADE EM PROSSEGUIR A ACTIVIDADE PARA A QUAL FORAM CAPACITADOS E ESTÁ ABERTA A OUTROS INTERESSADOS EM ACEDER AOS RESTANTES TALHÕES DEIXADOS LIVRES. UNS E OUTROS SÃO RESPONSÁVEIS PELA GESTÃO COMUNITÁRIA DA HORTA, MEDIANTE A OBSERVÂNCIA DE UM REGULAMENTO E CONTRATO DE UTILIZAÇÃO. ESTE PROJECTO CONTA COM A ORGANIZAÇÃO DA ADCMOURA EM PARCERIA COM A CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA, NÚCLEO LOCAL DE INSERÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL, EQUIPA TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR PROTOCOLO DE MOURA E CENTRO DE EMPREGO DE MOURA. TAL COMO ATÉ AQUI, ESTE É TAMBÉM O ESPAÇO PARA FALAR DE REGENERAÇÃO URBANA, AGRICULTURA BIOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Rega melhorada e abençoada

No outro dia, juntaram-se os três prestimosos vizinhos à esquina, ao fundo da rua das Hortas, a dar palpites sobre a melhor maneira de instalar o sistema de rega na horta. Ao cabo de largos minutos a propor e a impugnar, o Zé Barão decidiu levar a sua avante, com a legitimidade de quem empunha uma chave inglesa, sob os olhares tolerantes do irmão, o Chico Barão, e do dono da ferramenta, o Zé Toino. Os dois resolveram anuir dessa vez e guardar-se para o dia seguinte, chamando a si a condução do restante da operação: colocação de Tê com duas torneiras à saída da válvula de cunha do tanque e entrada das mangueiras nas junções de latão, após adição de calor para as tornar mais dúcteis. Com este arsenal instalado, é possível não apenas regar a "tábua" do vizinho Chico Barão, como sucedia até aqui, mas também a "tábua" inferior da nossa horta comunitária, com rapidez e comodidade como convém, evitando-se o peso de regadores e correspondentes dores lombares. Por regar, com tubo verde carioca, assim se designa a vulgar mangueira, fica a parcela superior da horta, cuja cota supera a do tanque. Apesar do desnível, nada que uma pequena bomba de rega não consiga resolver. Nessa altura pensaremos também num modelo mais sustentável de rega, de tipo gota-a-gota. É nesta perspectiva de melhoria que se concentram a partir de agora os nossos esforços. Um último apontamento para lançar esta pergunta a quem de direito: ora por que carga de água haveria de começar a chover, logo nesse dia de instalação do sistema rega, e ainda não tínhamos terminado a tarefa, se há 169 dias não caía uma pinga de água por estas paragens?    


Juntaram-se os três à esquina: Chico Barão (à esquerda), Zé Toino (ao centro) e Zé Barão (à direita)


Antes da intervenção: válvula de cunha à saída do tanque


Desaparafusar a abraçadeira e retirar a mangueira da válvula


Colocação do Tê com as duas torneiras de esfera e adição de calor para facilitar a junção das mangueiras


Último esforço para as mangueiras entrarem nas junções


O Tê devidamente instalado: a mangueira que serve a nossa horta é a de baixo, ligada a uma união de redução de 3/4


Uma serpente desenrolada nos seus 60 metros de comprimento e 19 mm de diâmetro, com o curioso nome técnico de "tubo verde carioca"


Agora sim! - exclamam em linguagem vegetal os nossos legumes


Uma chuva benta (como convém) no baptismo do sistema de rega

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