A RUA DAS HORTAS EXISTE MESMO. FICA SITUADA EM MOURA, NO BAIRRO DO SETE E MEIO.
ESTE BLOGUE É O DIÁRIO DE BORDO DA HORTA COMUNITÁRIA AÍ EXISTENTE. INICIALMENTE ASSOCIADA A UM PROJECTO DE FORMAÇÃO PARA PÚBLICOS DESFAVORECIDOS, COMO ESPAÇO DA COMPONENTE TECNOLÓGICA DO CURSO, A HORTA ENCONTRA-SE AGORA NUMA SEGUNDA FASE. NESTE MOMENTO, ACOLHE ALGUNS DOS FORMANDOS QUE MOSTRARAM VONTADE EM PROSSEGUIR A ACTIVIDADE PARA A QUAL FORAM CAPACITADOS E ESTÁ ABERTA A OUTROS INTERESSADOS EM ACEDER AOS RESTANTES TALHÕES DEIXADOS LIVRES. UNS E OUTROS SÃO RESPONSÁVEIS PELA GESTÃO COMUNITÁRIA DA HORTA, MEDIANTE A OBSERVÂNCIA DE UM REGULAMENTO E CONTRATO DE UTILIZAÇÃO. ESTE PROJECTO CONTA COM A ORGANIZAÇÃO DA ADCMOURA EM PARCERIA COM A CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA, NÚCLEO LOCAL DE INSERÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL, EQUIPA TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR PROTOCOLO DE MOURA E CENTRO DE EMPREGO DE MOURA. TAL COMO ATÉ AQUI, ESTE É TAMBÉM O ESPAÇO PARA FALAR DE REGENERAÇÃO URBANA, AGRICULTURA BIOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O milagre das rosas

Cada um dos talhões dos formandos foi delimitado com estacas de roseiras, para além de alecrins e alfazemas. O talude ou faixa de compensação (barreira que separa as duas parcelas da horta) foi também reforçado com estacas de roseiras como meio de minimizar a erosão e atrair insectos auxiliares e polinizadores, já para não falar do contributo das rosas no embelezamento do local. Esta operação de plantação de roseiras repetiu-se junto às vedações da horta. Outra das vantagens destas plantas é que as pétalas das suas flores são comestíveis!, utilizando-se sobretudo em saladas. As roseiras desempenham ainda um papel de plantas indicadoras de doenças como o oídio ou farinha. Não é por acaso que em muitas vinhas os agricultores as usam como aliadas no combate a esta praga. Afinal, quem disse que as roseiras têm espinhos?; bem pelo contrário, são um verdadeiro milagre da natureza. 


A Ana Paula e o Hugo preparando estacas de roseiras


A professora Dulce e o Hugo plantando estacas de roseiras


Continuação da plantação


As belas rosas da horta, nos dias quentes de Outubro

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Recolha e conservação de sementes tradicionais



OFICINA DE RECOLHA E CONSERVAÇÃO DE SEMENTES TRADICIONAIS
COM JOSÉ MARIANO, DA COLHER PARA SEMEAR - REDE PORTUGUESA DE VARIEDADES TRADICIONAIS
16 DEZEMBRO 2011 
9.30-12.30 / 13.30-16.30
MOURA / SAFARA
ORGANIZAÇÃO: ADCMOURA

A ADCMoura tem vindo a desenvolver actividades diversas no âmbito da produção agrícola em Modo de Produção Biológico, em particular na área da produção de Plantas Aromáticas e Medicinais, mas também na promoção de hortas sociais e no desenvolvimento de uma consciência social valorizadora dos patrimónios locais, com incidência  na valorização da biodiversidade local.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) instigou a comunidade mundial a preservar e fomentar a biodiversidade agrícola, uma vez que a sua perda ameaça a segurança alimentar a nível mundial. Segundo a mesma organização, a perda da biodiversidade agrícola, em todo o mundo, atinge já cerca de 75 por cento. Ainda de acordo com o relatório da FAO, divulgado no ano passado, é necessário "redobrar os esforços, não só para conservar a biodiversidade das espécies agrícolas, mas também para utilizá-las, especialmente nos países em desenvolvimento."
A ADCMoura comunga desta ideia pelo que promoverá, dia 16 de Dezembro, no âmbito da formação de Produção Agrícola: Hortas Comunitárias, uma Oficina de Recolha e Conservação de Sementes Tradicionais, aberta ao público interessado no tema, visando:
- Formar e incentivar os agricultores para que procedam à recolha anual e troca das suas próprias sementes;
- Fomentar o uso de variedades tradicionais em práticas de agricultura biológica, uma vez que estão melhor adaptadas a cada contexto local, diminuindo os problemas fitossanitários;
- Reverter a actual situação de perda contínua de biodiversidade genética agrícola, fomentando a recolha, cultivo e catalogação das variedades tradicionais ainda existentes;
- Reintroduzir o uso de vegetais que caíram em desuso, promovendo uma maior diversidade alimentar e uma culi-nária mais completa , variada e atractiva.

Programa:
- Reconhecimento de variedades tradicionais/rústicas: como descobri-las e identificá-las;
- Processos de recolha de sementes;
- Reprodução e conservação das sementes;
- Circuitos de partilha e necessidades de aumento de áreas de cultura;
- Perigos da perda da biodiversidade agrícola;
- Protecção das espécies vegetais agrícolas e Segurança Alimentar.

Inscrições limitadas a 30 participantes.
Inscreva-se e traga as suas sementes.
(Inscrição obrigatória; frequência gratuita.)
Contactos: Irene Aparício, ADCMoura, Tv. Misericórdia, 4, 1º    7860-072 Moura

O muladar* da horta

*Muladar significa estrumeira, que por sua vez é sinónimo de esterqueiro, esterqueira, alforza, alfúgera, alfuja, alfuje, alfújera, alfurja, alfurje, aloque, bujinga, busilhão, cadoz, cagaçal, chafurda, chafurdeiro, chavascal, chiqueiro, cortelha, cortelho, esterquice, esterquilínio, lixeira, monturo, montureira, muradal, pocilga, volutabro (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).  


Ocupámos parte da manhã de quarta-feira a carregar e a descarregar uma carrada de estrume de cavalo proveniente do Centro Hípico do Cerro de Santo António. Para realizar a tarefa contámos com a preciosa colaboração de dois funcionários da Câmara Municipal de Moura que, com o tractor e atrelado que se vê na imagem, possibilitaram o transporte até à horta. Com este estrume de qualidade, a maior parte já curtido, recolhido no picadeiro e nas cavalariças, será certamente melhorada a estrutura do solo da horta assim como facilitada a alimentação dos seres microscópicos que produzem nutrientes para as plantas. Do estrume descarregado, o mais curtido foi espalhado nos talhões de cultivo, uma parte foi depositada e misturada no monte de folhas secas de oliveira, onde está instalada a unidade de compostagem, e a restante, menos curtida, ficou a aguardar na estrumeira. A sua maturação é importante para transformar elementos como o nitrogénio e o potássio em formas que as plantas possam utilizar. É por isso fundamental que o estrume esteja bem decomposto; caso contrário, poderemos queimar as plantas com o calor da fermentação. Em relação à compostagem, foram utilizadas as folhas e ramos de oliveira para criar a base da pilha, seguindo-se uma camada de estrume e de novo mais folhas e ramos, e assim sucessivamente até se atingir 1,30m de altura. Foi ainda utilizada relva proveniente dos espaços verdes geridos pela Câmara Municipal. Todo este material apresentava-se com humidade suficiente, identificada através da "técnica da mão".


Veja-se agora, a título de curiosidade, o modo com que se encarava a fertilização dos campos no Alentejo, no princípio do século XX (1903), pela pena de José da Silva Picão, na sua conhecida obra Através dos Campos - usos e costumes agrícolo-alentejanos (Publicações Dom Quixote, 1983):
"(...) Entre os preparos culturais, nenhum se patenteia mais vantajoso e eficaz do que o da estrumação e adubação das terras. A sua utilidade revela-se a cada passo; é tão conhecida, que não carece de demonstrações.
Há meio século, estrumava-se um terço dos terrenos que se estrumam na actualidade, donde se infere que também neste ponto a agricultura tem adiantado e progredido.
Nos tempos antigos e nas populações campónias, era corrente dizer-se que os estrumes escaldavam as terras, e gafavam de erva as searas. Fosse por isso ou por desleixo, as estrumeiras acumulavam-se e estragavam-se nos arrabaldes dos povoados, e até em alguns montes, durante anos, como coisa inútil ou de insignificante valor. Nas povoações ninguém vendia estercos, à falta de compradores. E quem tinha onde os aplicar, descuidava disso ou aplicava-os sem critério nem confiança, à parte excepções honrosas.(...)
(...) Nas aldeias, despertou agora o interesse e zelo pelo aproveitamento do esterco. A maioria dos moradores faz a sua estrumeira, boa ou reles, para a empregar por conta própria, ou para a vender a quem quer que seja.
Nas herdades observa-se zelo semelhante, muito maior que o de outros tempos, se bem que ainda se deparem desperdícios. A contrastar, há muitos lavradores que, além de aproveitarem rigorosamente os estrumes de sua lavoura, compram nas povoações próximas todo o que podem alcançar, a quinhentos, seiscentos e setecentos réis a carrada de muares. Nunca chega para as encomendas.
Os estrumes provêm das montureiras feitas com dejectos, desperdícios, detritos de toda a ordem, e dos excrementos e urinas dos rebanhos em bardos, apriscos, rociadas e malhadios.
ESTRUMEIRAS - Preparo bastante rudimentar. Umas voltas de vez em quando, revolvendo o estrume de cima para baixo, e eis tudo. Alguns lavradores tapam as estrumeiras com terra, preservando-as assim dos raios do sol e da chuva. Mas a maioria não se importa com isso.
Descobertas ou tapadas, em chegando o tempo próprio, o estrume remove-se para a terra a estercar, onde se distribui aos montões mais ou menos distanciados. Em seguida é espalhado à forquilha, mas sempre com acerto e igualdade, antes um pouco à toa, à míngua de critério de quem o distribui. Para evitar esse contra, há quem prefira espalhar à mão, a lanço, com mulheres, dirigidas por homem experiente. É melhor processo, posto que mais caro e moroso. Na hipótese de se usar, convém que os montículos fiquem maiores. As mulheres enchem neles os coxos, cestos ou gamelas que trazem consigo, e, depois, com o provimento à ilharga, seguem a espalhá-lo pela terra, como se andassem a semear.(...)"


sábado, 26 de novembro de 2011

Ginjinha-do-rei


O nome vernáculo desta árvore, que habita a nossa horta, tem a ver com as suas bagas. Bem maduras, como sucede nesta altura do ano, são adocicadas e comestíveis, o Hugo e o Armando que o digam. Também conhecida por lódão-bastardo e agreira e, entre os biólogos, por Celtis australis L., esta espécie botânica pode chegar aos 30 metros de altura e viver em média 200 anos. Não sendo exigente quanto ao tipo de solo, pois adapta-se a terrenos pobres em húmus, encontra no entanto condições óptimas em solos nutridos e húmidos. Portanto, não é por acaso que este exemplar vive próximo da vala de drenagem do tanque. Só mais uma curiosidade:  a sua madeira, relativamente leve, elástica e dura, era a preferida para o tradicional jogo-do-pau. E por último: este post é dedicado a todos e a todas que frequentam a horta e que julgam, em relação a esta árvore, tratar-se de um pilriteiro.  


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Hortas comunitárias em Castro Verde


Ontem rumámos a Castro Verde para conhecer de perto o projecto das Hortas Comunitárias promovido pelo Município local. Fomos amavelmente recebidos e acompanhados durante a digressão ao terreno pelo vereador António Colaço, responsável pelo pelouro do Ambiente e um dos mentores desta "ideia verde". Ao contrário da nossa horta, com ocupação permanente desde longa data, as hortas comunitárias de Castro Verde foram criadas de raiz, envolvendo um hectare e pouco de terreno numa propriedade de 54 hectares situada nas imediações da vila e adquirida pela autarquia para fazer uma zona de actividades económicas. 




Com um investimento de cerca de 20 mil euros foi possível criar, nesta primeira fase iniciada no passado dia 5 de Outubro, 118 lotes, com 120 metros quadrados cada um, com ponto de rega individual, vedação exterior e compostor, que foram atribuídos mediante candidaturas, pelo prazo de um ano, com possibilidade de renovação por mais um ano. Entre os deveres dos utilizadores das hortas, constam do Regulamento de Funcionamento a utilização da água de rega de forma racional, o dar início às práticas agrícolas até um mês após a entrega do talhão e respectiva assinatura do Acordo de Utilização, mantendo as hortas em produção, e a segurança e o bom uso do espaço. 



E quem são os usufrutuários destas hortas, com que se procura fomentar a prática agrícola de pequena escala como actividade de lazer e terapia ocupacional, promover uma alimentação saudável com produtos de qualidade, aliviar os orçamentos familiares e diminuir a pegada ecológica? São de todas as idades, homens e mulheres, reformados, desempregados,  desfavorecidos, alguns com problemas de toxicodependência, funcionários públicos (da Câmara, professores...), trabalhadores independentes, profissionais liberais, pessoas que não se conheciam e que agora convivem animadas por este espírito de comunidade e de regresso à terra, com o privilégio de poderem acompanhar o método de produção dos alimentos que consomem. É sobretudo ao fim do dia que os novos hortelãos aparecem para cuidar dos seus talhões e para conviverem. Os que não percebem de agricultura informam-se junto dos mais conhecedores. E depois há os que seguem à risca o modo de produção biológico, e que tentam passar aos vizinhos a sua experiência. Como nos conta o nosso anfitrião, as pessoas estão empolgadas e satisfeitas da vida por causa deste projecto, e quem antigamente andava pelos cafés e pelos bancos de jardim  sem nada para fazer vê nas hortas um novo desafio e estímulo para as suas vidas.



Este projecto das Hortas Comunitárias insere-se num projecto ambiental mais vasto de intervenção concelhia denominado Orgânica Verde, promovido pela Liga para a Protecção da Natureza em parceria com a Câmara Municipal de Castro Verde e financiado pelo mecanismo de financiamento europeu EEAGrants. O seu principal objectivo é a sensibilização da população local para a redução dos resíduos orgânicos a colocar em aterro, através da promoção da recolha selectiva destes resíduos e da compostagem doméstica, institucional e comunitária, alicerçada em campanhas de sensibilização e distribuição de materiais promocionais e pedagógicos e mini-baldes para recolha de resíduos. 



Neste âmbito, foi criada uma Unidade Municipal de Compostagem, que tivemos também oportunidade de visitar, para recolha e processamento dos resíduos orgânicos domésticos (como cascas de fruta, restos de vegetais crus, borras de café, sacos de chá e cascas de ovos), depositados em compostores comunitários que se encontram espalhados pela vila.  Esta Unidade recebe ainda directamente grandes quantidades de resíduos verdes resultantes de limpezas de jardins e pomares. Com esta solução ecológica, é possível ganhar não apenas reduzindo o volume de resíduos e a necessidade do seu transporte até aos aterros sanitários da zona, como produzindo composto que é depois utilizado nas hortas comunitárias, com múltiplas vantagens comparativamente a qualquer tipo de fertilizante, e que poderá vir a ser comercializado de acordo com os planos traçados pela autarquia para garantir a sustentabilidade económica do projecto. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Matéria (de)composta


Horta que preza o modo de produção biológico, como a nossa, não dispensa o compostor. É nesta espécie de despensa botânica ao ar livre, geralmente construída com madeira e rede, que se obtem o composto ou adubo orgânico para melhorar a estrutura do solo, através de um processo (a compostagem) cujo significado segue à letra o sentido da célebre frase de Lavoisier (1743-1794), escrita a propósito da sua Lei da Conservação das Massas (1785): "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Apesar de não termos ainda o dito compostor instalado, já recebemos na horta a primeira pilha de restos vegetais que, com o tempo, se transformará em alimento das nossas plantas. São folhas de oliveira provenientes da separação da azeitona à entrada do lagar, cedidas e transportadas gentilmente pela Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos. Há quem diga que este é um dos melhores recursos para obter um composto de qualidade, misturado, em camadas alternadas, com outras sobras, da cozinha e não só: cascas de fruta e legumes, cascas de ovo trituradas, borras de café, restos de chá, folhas e ramos secos, serradura e aparas de madeira, feno e palha. Da instalação do compostor faz parte também a abertura de uma vala, que forrámos com um plástico preto, para recolher o chorume, que não é mais do que o líquido resultante da decomposição da matéria. Este subproduto da compostagem é excelente como bio-pesticida e também como bio-estimulante das plantas, neste caso usado diluído na proporção de uma parte para dez de água. Quanto à formação do composto, leva o seu tempo: entre 4 e 12 meses. Mais cedo ou mais tarde que depende da periodicidade com que é revirado e arejado e da disponibilidade dos microrganismos e das minhocas para a tarefa. É que, tal como no mundo à superfície, também no mundo subterrâneo procrastinar ou ser produtivo pode fazer toda a diferença na hora de mostrar trabalho.            

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dia aberto sobre PAM


No talude que separa as duas parcelas da horta, resolvemos introduzir algumas plantas aromáticas e medicinais (PAM), como o alecrim, a lavanda, o tomilho-vulgar, o tomilho-limão e a segurelha. Para além das utilizações referidas, a plantação destas e de outras espécies congéneres contribui para o embelezamento de hortas e jardins, funciona como repelente de pragas e parasitas e consegue ainda atrair um conjunto de organismos, sobretudo insectos, répteis, batráquios e aves, que são o braço direito do hortelão e do jardineiro no combate a qualquer intruso indesejável, leia-se cochonilhas, pulgões, ácaros, caracóis, gafanhotos, moscas-da-fruta, etc, etc. A propagação das aromáticas foi feita a partir de estacas previamente preparadas com a seguinte técnica: cortar uma parte da planta mesmo abaixo de um nó, onde a folha se junta ao caule, e enterrar dois nós sem folhas, deixando à superfície outros dois nós. Isto resultou com os alecrins, que ao fim de quinze dias estavam pegados. Vamos aguardar para poder concluir sobre as restantes espécies. E por falar em plantas aromáticas e medicinais, fica este convite à participação dos/das interessados/das: 

Convite
Dia Aberto dedicado às plantas aromáticas e medicinais na Universidade de Évora
Construir redes de conhecimento e cooperação

Universidade de Évora - Núcleo da Mitra, 14 de Dezembro de 2011

A ADCMoura e o ICAAM - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas têm o prazer de o(a) convidar a participar no Dia Aberto dedicado às plantas aromáticas e medicinais na Universidade de Évora, a ter lugar no dia 14 de Dezembro, quarta-feira, das 10 às 17 horas, no Núcleo da Mitra da Universidade de Évora.
Pretende-se com este encontro informal, apoiado pelo Projecto MEDISS – MEDiterranée Innovation Senteurs Saveurs (Programa MED, co-financiamento FEDER), contribuir para o aprofundamento das ligações entre a Universidade e as empresas da fileira das plantas aromáticas e medicinais, em favor do desenvolvimento sustentado do sector no Alentejo e no país.

Contar-se-á com a participação de produtores, investigadores e outros actores da fileira na partilha de informação, projectos e recursos disponíveis. Pretende-se assim a construção de dinâmicas em parceria que resultem da identificação das principais necessidades do sector da produção.  

Haverá igualmente oportunidade de exposição e/ou venda de produtos, materiais informativos ou outros, ligados às plantas aromáticas e medicinais, que os participantes queiram trazer.

Pode desde já realizar a sua inscrição neste Dia Aberto, através de formulário online (Clique aqui). A participação é gratuita, havendo apenas lugar ao pagamento do almoço, por quem desejar nele inscrever-se. O programa detalhado, assim como o valor e modo de inscrição no almoço serão brevemente divulgados neste blogue.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Preparação do solo e sementeira directa VII

A Ana Paula concentrada nas suas favas com o Putchi à espreita.


A Teodora mostrando como se faz.


E a Judite que não quer ficar atrás.


Preparação do solo e sementeira directa VI

O Jonas preparando-se para mais uma leira de ervilhas.


O Armando até trouxe batatas de casa para semear.


O Jorge deitando sementes de ervilha à terra.

Preparação do solo e sementeira directa V

O plano do talhão da Teodora: a própria e o professor João verificando se a bota bate com a perdigota.  


O Joaquim aproveita para também pedir conselhos a propósito do seu projecto.


Estão a gostar tanto disto que até se esqueceram do intervalo.

Preparação do solo e sementeira directa IV

O Hugo às voltas com as linhas das sementeiras.


Saiam da frente que o Joaquim está imparável.


A horta ganhando novas cores.

Preparação do solo e sementeira directa III

É preciso orientar o rego pela linha.


O Armando semeando ervilhas "ao rego".


O Jonas semeando ervilhas "à linha".

Preparação do solo e sementeira directa II

Penteando geometricamente o solo na parcela superior.


Idem, na parcela inferior.


O professor João dá uma ajuda à Ana Paula.

Preparação do solo e sementeira directa I

1.Fez ontem um mês que iniciámos o curso. E nada melhor para comemorar a data do que iniciarmos os trabalhos agrícolas na horta, com a delimitação dos talhões, a mobilização e preparação do solo e a sementeira de ervilhas e favas. O dia esteve perfeito para as várias tarefas, ameno, seco e com uma luz única. 
2.Seguindo o projecto da horta, dividimos a parcela inferior em oito talhões (Joaquim, Hugo, Jorge, Ana Paula, Armando, Ana Lúcia, Jonas e Dina) e a parcela superior em quatro (Teodora, Judite, Ana Filipa e Isabel).
3.Com cordel de sisal e estacas delimitámos cada quadrícula de terreno e ainda os caminhos entre os canteiros para facilitar o acesso às diversas áreas de cultivo, evitando-se assim o pisoteio.
4.Depois, de enxadas nas mãos, fizemos uma cava profunda, com um palmo de fundura, aproveitando para enterrar as caganitas de ovelha que ajudarão a nutrir o solo já de si razoavelmente provido de matéria orgânica.
5.A seguir entraram em cena os ancinhos com os quais destroçámos os torrões de terra, removemos as pedras e nivelámos os terrenos. 
6.Só depois é que lançámos as sementes à terra, tendo em atenção o espaçamento entre cada planta, que foi medido recorrendo a bitolas de cana e cordel de sisal.
7.Só falta que chova nos próximos dias e a temperatura continue amena.

A horta com uma luz mágica que só o Sul tem nesta altura do ano.


Parece competição, mas não. É antes cooperação: o Joaquim dá uma ajuda à Dina.


Passagem com ancinho e a terra até dá vontade de comer.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Vedação rústica VIII

A pose dos trabalhadores: o trio (Teodora, Armando e Dina), o Jonas, à direita, e o Jorge, em segundo plano. Já o professor João tem mais que fazer.


Já agora, um último grampo, antes de irmos almoçar.


A nossa vedação rústica, sem ferir a paisagem da horta.

Vedação rústica VII

O chão da nossa horta não dá apenas legumes; dá azo também a adivinhas, como esta:
Verde foi o meu nascimento
 e de luto me vesti,
para dar a luz ao mundo
mil tormentos padeci.


Mais um grampo, a meias com o professor João e o Jonas.


Venham agora as fiadas de arame farpado.

Vedação rústica VI

 Afinal, quem faz mais força a esticar a rede? Dina, Jonas, Joaquim, Armando, Jorge, Hugo ou o professor João?


Mais um grampo cravado pelo professor João, para a rede ficar bem tensa.


Vista de longe, a vedação está a tomar forma.
 

Vedação rústica V

Parece que estão na praia a ver estender a rede: a Ana Filipa, a Ana Paula, a professora Irene, a Ana Lúcia e a Judite.


Aconteceu um problema com os "anzóis": a Ana Lúcia, a Judite, o Joaquim, a Teodora e a Dina esperam para ver o desembaraço do Armando.


E as pescadoras de serviço são a Dina e a Judite.